quinta-feira, 11 de maio de 2017

GDPAPE - Comunicado nº 63 - 11/05/2017



UM BELO TENTO


Desde a fundação do Gdpape, temos batalhado em várias frentes para reverter os abusos perpetrados pelos administradores da Petrobras e da Petros contra os interesses dos participantes da Petros. Muita decepção fomos recolhendo ao longo do caminho na medida em que nosso conhecimento sobre o assunto clareava nossas mentes. No entanto, nosso ânimo nunca arrefeceu. Eis que agora recebemos uma excelente notícia. Diríamos que foi um gol de letra. Mas estamos cientes de que o jogo está em curso, ainda não acabou. E as forças opostas têm se revelado cada vez mais agressivas, mais sutis, mais insidiosas, como que usando pele de cordeiro sobre corpo de lobo.

Segundo nosso ponto de vista, a razão maior do alegado “deficit” da Petros é o que denominamos “Dívida Extraordinária”.  Quando um plano é elaborado, ele prevê um crescimento vegetativo dos salários e correspondentes contribuições equitativas de ambas as partes para, ao fim do período previsto, o beneficiário receber o valor correto. Quando no meio do caminho alguma parte provoca um desequilíbrio que aumente a Reserva Matemática, há necessidade de recalcular atuarialmente todo o conjunto do plano. Se as aplicações financeiras estiverem abaixo dessa nova Reserva Matemática, existe então um deficit real a ser coberto pela parte causadora dele.
Isso aconteceu no passado mais de uma vez. Hoje, o maior impacto que estamos presenciando foi consequência dos aumentos extraordinários e gerais concedidos pela Petrobras, especialmente em 2007: Pcac e Rmnr. Eles geraram deficit. Entretanto, para absurdo da situação, os dirigentes da Petros não tomaram conhecimento disso. Ou, se tomaram, praticaram o que se chama cegueira deliberada: ignoraram o deficit. Apesar de todos os apelos, cartas, reuniões entre nós e a Petros e a Previc, seus dirigentes nada fizeram.

Daí por que fomos ao Ministério Público, através da Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro – PRR2.–. E temos boas notícias. Em decisão do dia 8 passado, a Procuradora Daniella D. A. Toledo Piza determinou à Previc e à Petros que “se manifeste acerca da existência da cognominada ‘Dívida Extraordinária’… supostamente decorrente dos ‘impactos atuariais que a implantação do novo Plano de Cargos e Salários trouxe ao fundo’’”.

Um belo tento. Uma vitória, parcial sem dúvida. Mas um avanço significativo para cobrar da Petrobras sua responsabilidade ao praticar uma política salarial estapafúrdia, que danificou e continua danificando a Petros.


Juntos somos mais fortes e vamos mais longe!


Observação:
Os documentos citados estão em nosso Sítio na sessão “Documentos Especiais”.

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