sábado, 7 de julho de 2018

GDPAPE Comunicado 82 - 07/07/2018


Comunicado PETROS de extrema gravidade!


É de extrema gravidade o Comunicado PETROS GPP-CL-053/2018 divulgado em 04/07/2018, à noite, aos participantes e assistidos do Plano Petros PPSP, com o assunto “Resultados da cisão do Plano Petros do Sistema Petrobras”.
A PETROS inicia citando que “concluiu a cisão do Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP) em dois planos: o Plano Petros do Sistema Petrobras-Repactuados (PPSP-R) e Plano Petros do Sistema Petrobras-Não Repactuados (PPSP-NR).”
Afirma que “o patrimônio do PPSP foi dividido entre o PPSP-R e PPSP-NR, de acordo com os compromissos futuros com cada grupo de participantes ativos, assistidos e patrocinadores, e considerando características específicas de cada grupo”.
Destaca que “em 31/3/2018 foi realizada uma nova avaliação atuarial, por consultoria atuarial externa, que chegou aos seguintes resultados”, dos quais aqui destacamos os resultados acumulados para cada um dos Planos, conforme o Comunicado:
Resultado PPSP-R: Déficit de R$ 2,483 bilhões
Resultado PPSP-NR: Déficit de R$ 2,096 bilhões
Esclarece que os principais motivos destes resultados são a duração dos planos (“a do PPSP-NR é consideravelmente menor do que a do PPSP-R”) e as contingências judiciais referentes a cada plano.
 Cita que “a duração influencia diretamente na determinação do limite técnico do plano”, e esclarece que “no caso do PPSP-NR, o déficit acumulado ultrapassou o limite técnico permitido pela legislação. Já no PPSP-R, o resultado se manteve dentro do limite de tolerância do déficit técnico do plano.”
Prossegue esclarecendo que “o resultado acumulado de cada plano já contempla o volume de contribuições extras previsto no plano de equacionamento do déficit acumulado no PPSP em 2015. O rateio seguiu a mesma proporção dos compromissos futuros com cada grupo e suas especificidades, conforme determina a legislação” e dá detalhes financeiros do rateio.
Complementa informando que “no encerramento do ano de 2018, haverá nova avaliação atuarial dos planos, quando será verificada a necessidade de novo plano de equacionamento. Paralelamente, serão realizados estudos para reavaliar o impacto da cisão no pagamento das contribuições extras dos participantes e, em 2019, poderá haver revisão do plano de equacionamento já em andamento.” (os grifos são nossos).
A transcrição que fizemos desses trechos do Comunicado objetiva explicitar a extrema gravidade com que se qualifica o que a PETROS anuncia, a saber:
1)  Mesmo contabilizado o PED de R$ 27,7 bilhões os dois planos são deficitários, reforçando nosso entendimento e denúncia de que as deficiências estruturais do PPSP contaminam os dois planos.
2) Prenuncia-se, em nosso entendimento, um PED2, que em 2019 se somará ao PED atual, reduzindo ainda mais benefícios e pensões.
3) Ficam difusas e aparentemente incoerentes as atuais práticas como o que consta na proposição da PETROS junto à PREVIC para autorização do PED.
4) São desconsideradas as legítimas buscas judiciais de clareza e sensatez na discussão dos critérios com os quais foi calculado o déficit de R$ 27,7 bilhões do PPSP e implantado o atual PED.
5) São menosprezadas as iniciativas e proposições de busca de soluções negociadas, via GT instituído  e Ofício protocolado na PETROBRAS, para equacionar  as deficiências estruturais do PPSP e as causas dos déficits que levaram ao atual PED.
O GDPAPE aprofundará suas análise e estudos e voltará a esse assunto. Mas desde já alerta aos  participantes do PPSP-NR e PPSP-R de que todos  ao longo do tempo serão danosamente atingidos por essa cisão que ora contestamos na Justiça.
 Atenciosamente,
Direção Colegiada / GDPAPE

Nenhum comentário:

Postar um comentário